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Viral Marketing em 2024: Estratégias, Desafios e Oportunidades para Profissionais de Marketing e Tecnologia no Brasil

Exploração das estratégias, desafios e oportunidades do viral marketing no Brasil em 2024, destacando a importância da cultura local e inovações tecnológicas.

Viral Marketing é um dos conceitos mais fascinantes e desafiadores do marketing digital contemporâneo. Trata-se daquela capacidade rara de criar conteúdo ou campanhas que se difundem rapidamente, causando grande impacto e engajamento em curto prazo. Em 2024, dominar essa arte vai muito além de simplesmente “ficar viral”; requer ciência comportamental, domínio das tecnologias emergentes e uma sensível adaptação ao contexto local, especialmente no Brasil, onde a diversidade cultural e digital influencia diretamente os resultados. Este artigo aprofundado discute os principais conceitos, tendências globais e nacionais, além de práticas recomendadas e estudos de caso, para profissionais de marketing, comunicação e tecnologia que querem extrair o máximo do viral marketing de forma ética e eficaz.

Entendendo o Viral Marketing: Contexto Global e Histórico

O viral marketing surgiu com a popularização das redes sociais e do compartilhamento digital, com raízes na teoria do “boca a boca” potencializada por plataformas online. Desde campanhas icônicas como o Ice Bucket Challenge, que arrecadou mais de USD 220 milhões para pesquisa de ELA, até fenômenos recentes como o “Barbenheimer”, que gerou mais de US$ 2 bilhões em bilheteria, o viral marketing demonstrou a força do engajamento emocional combinado com a disseminação orgânica de conteúdo. A ciência comportamental desempenha um papel fundamental, utilizando gatilhos emocionais, valores compartilhados e formatos audiovisual para capturar e manter a atenção do público.

Globalmente, formatos de vídeo curto dominam o cenário, especialmente plataformas como TikTok, Instagram Reels e YouTube Shorts. Técnicas como trendjacking — aproveitar tendências virais emergentes — e a participação ativa do usuário, através de conteúdo gerado pelo consumidor (UGC), tornaram-se práticas essenciais para campanhas virais modernas. Além disso, o uso crescente da inteligência artificial para análise de dados e criação de conteúdo acelera a experimentação e otimização rápida das campanhas.

Viral Marketing no Brasil: Oportunidades e Desafios

O Brasil representa um mercado vibrante e desafiador para viral marketing. Com a segunda maior base de usuários do TikTok e gigantesco uso de WhatsApp para comunicação, as marcas têm acesso a uma audiência altamente conectada e participativa. No entanto, a diversidade cultural exige estratégias localizadas, que respeitem as nuances regionais e linguísticas do português brasileiro, evitando traduções literais ou campanhas padronizadas que não ressoam genuinamente.

Startups brasileiras têm sido pioneiras em incorporar viral marketing em suas estratégias, apostando em UGC para fomentar comunidades em torno de marcas, principalmente no setor de varejo e tecnologia. Na educação e saúde, campanhas envolvendo desafios educativos ou informações de saúde pública também ganharam força, com grande potencial de viralização aliado a impacto social. Por outro lado, há um desafio no uso correto da tecnologia, evitando manipulações indevidas ou conteúdos que provoquem desinformação, algo que exige responsabilidade ética por parte dos profissionais.

Exemplos Nacionais

  • Magazine Luiza: Campanhas de vídeos curtos com influenciadores digitais que geram alto engajamento e amplificam a experiência do cliente.
  • Banco Inter: Uso estratégico de marketing viral em redes sociais para atrair jovens com vídeos, memes e conteúdo interativo.
  • Campanhas do SUS nas redes sociais: Projetos que se apropriam do conteúdo audiovisual e UGC para informar sobre vacinação e prevenção.

Aspectos Técnicos e Melhores Práticas para Viral Marketing

Como Funciona o Viral Marketing?

Em essência, o viral marketing explora o poder da rede social para criar efeito de bola de neve. A mensagem deve ser:

  • Emocionalmente Engajadora: Utilize gatilhos como humor, surpresa, solidariedade ou desafio.
  • Compartilhável: Conteúdos fáceis de entender e que incentivem o compartilhamento espontâneo.
  • Adaptada para Plataforma: O formato deve estar alinhado com as características específicas de cada rede social, principalmente o formato e duração do vídeo.
  • Incentivadora de Ação: Propor desafios, hashtags, concursos ou interatividade para gerar participação ativa.

Passo a Passo para Criar uma Campanha Viral

  1. Pesquisa e Monitoramento: Use ferramentas de escuta social para detectar tendências e temas em alta.
  2. Definição de Objetivos: Seja claro sobre o que quer alcançar — engajamento, conversão, reconhecimento de marca.
  3. Criação do Conteúdo: Desenvolva conteúdo visual atraente, preferencialmente em vídeo curto, que use linguagem e tom adequados ao público brasileiro.
  4. Incorporação de UGC: Estimule o público a criar e compartilhar seu próprio conteúdo.
  5. Lançamento Ágil: Publique rapidamente para aproveitar o momentum das tendências, praticando o trendjacking.
  6. Análise e Ajuste: Use métricas em tempo real para adaptar estratégias e ampliar o alcance.

Boas Práticas e Erros Comuns no Brasil

  • Faça: Aprofunde-se na cultura local, use gírias e expressões regionais com cuidado para respeitar e conectar-se ao público.
  • Faça: Priorize a qualidade do conteúdo audiovisual e invista em legendas para maior acessibilidade e abrangência.
  • Não faça: Aposte em viralidade forçada ou baseada em polêmicas artificiais – isso pode gerar repercussão negativa e desgaste à marca.
  • Não faça: Descure a análise de dados e não repita, sem critério, o mesmo conteúdo em múltiplas plataformas.
  • Não faça: Ignorar a legislação brasileira sobre direitos autorais e proteção de dados (LGPD).

Estudos de Caso: Exemplo Práticos de Viral Marketing de Sucesso

#Gymshark66 – Engajamento e Ciência Comportamental

A campanha da marca fitness Gymshark alcançou 45,5 milhões de views no TikTok, combinando desafios de 66 dias com conteúdos gerados pelos usuários. A força da campanha veio do apelo emocional de transformação pessoal, reforçado por estratégias de gamificação e comunidade.

Barbenheimer – Fenômeno Viral de Cultura Pop

Essa junção inesperada entre dois lançamentos cinematográficos “Barbie” e “Oppenheimer” gerou um efeito viral espontâneo, com fãs promovendo memes e conteúdos colaborativos. A campanha não foi planejada, mas reforça que viraliza quem sabe surfar as ondas culturais e dialogar com seu público em tempo real.

Volvo – Vídeo Viral com Alto Alcance e Valor de Marca

Com mais de 90 milhões de visualizações, a Volvo criou vídeos emocionais que exploram anseios universais de segurança e liberdade. O ponto chave foi o storytelling autêntico e imagem visual profissional, combinando emoção e identidade da marca.

Panorama e Tendências Futuras do Viral Marketing

Para 2025 e além, algumas tendências para observar e incorporar:

  • Vídeo e formatos curtos continuam dominando, mas com crescente uso de realidade aumentada (AR) e experiências imersivas para estimular o marketing sensorial.
  • Inteligência Artificial generativa vai ajudar a criar conteúdos personalizados em escala, potencializando possibilidades de viralização segmentada.
  • SEO para social media (como otimização para busca no TikTok) será obrigatório para garantir visibilidade nos canais de distribuição.
  • A ética e responsabilidade no uso da tecnologia ganharão cada vez mais destaque, devido ao aumento do escrutínio público frente à manipulação digital e fake news.
  • Campanhas híbridas com ativação offline e online trarão maior envolvimento e experiências memoráveis, humanizando marcas.

Perguntas Frequentes sobre Viral Marketing no Brasil

  • O que é o viral marketing e por que ele é importante?
    É uma estratégia que visa fazer um conteúdo se espalhar rapidamente, gerando grande alcance e engajamento, essencial para fortalecer marcas e gerar resultados acelerados.
  • Como o Brasil se diferencia na prática de viral marketing?
    O Brasil exige campanhas locais que respeitem a diversidade cultural e o idioma, aproveitando sua alta conectividade nas redes sociais, com ênfase em conteúdo audiovisual e participação da comunidade.
  • Quais são os principais formatos para viralizar atualmente?
    Vídeos curtos, especialmente no TikTok, Instagram Reels e YouTube Shorts, além de conteúdo gerado pelo usuário e interativo, são os mais efetivos.
  • Como evitar erros ao lançar uma campanha viral?
    Evitar viralidade forçada, respeitar a legislação local, monitorar métricas e não desconsiderar a cultura e o idioma são fundamentais.
  • Qual o papel da tecnologia, como IA, no viral marketing?
    IA proporciona análise ágil de dados, criação de conteúdo personalizado e ajuda em tendências, mas deve ser usada com ética para evitar manipulação e perda de confiança.

Conclusão

O viral marketing em 2024 é um território que mescla arte, ciência e tecnologia. No Brasil, a diversidade cultural e o idioma impõem desafios que estimulam práticas criativas e responsáveis. Vídeos curtos e conteúdo gerado pelo usuário dominam, mas o diferencial competitivo está em entender a audiência, adaptar a mensagem com sensibilidade e usar inteligências artificiais para acelerar a experimentação e personalização das campanhas. Além disso, adotar uma postura ética e transparente em um ambiente digital cada vez mais crítico é requisito básico para construir viralidade sólida, que não só atinja números impressionantes, mas também gere valor real para marcas e consumidores. Profissionais que dominarem essa equação estarão aptos a surfar as ondas disruptivas do marketing digital brasileiro e global.

Referências e aprofundamentos: DesignRush – Viral Marketing Campaigns 2025, Sprout Social – Social Media Trends 2025.

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Dionatha Rodrigues

Dionatha é bacharel em Sistemas de Informação e especialista em Martech, com mais de 17 anos de experiência na integração de Marketing e Tecnologia para impulsionar negócios, equipes e profissionais a compreenderem e otimizarem as operações de marketing digital e tecnologia. Sua expertise técnica abrange áreas-chave como SEO técnico, Analytics, CRM, Chatbots, CRO (Conversion Rate Optimization) e automação de processos.

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